Da fragilidade à confiabilidade em transportar o Negro de Fumo

O Brasil é um dos maiores consumidores de borracha no que tange a fabricação de pneus para veículos leves e de carga. O pneu, por sua vez, é uma complexa montagem de elementos que empregam uma variedade de matéria prima, como derivados de petróleo e diversos produtos químicos, sendo o Negro de Fumo um deles.

O Negro de Fumo é um elemento carbonato com forma de partículas quase esféricas, que são produzidas pela combustão incompleta ou decomposição térmica de hidrocarbonetos líquidos ou gasosos. Ele possui cor preta e geralmente é fornecido em um pó muito fino, podendo ser utilizado em plásticos, tintas, borrachas, dentre outros materiais.

Historicamente, o manuseio deste produto tem sido através de sistemas mecânicos, como correias, roscas transportadoras e elevadores de caneca. Estes processos sofreram inúmeros problemas devido ao baixo número de aplicações, não obtendo sucesso no transporte de materiais com diversas características.

O manuseio incorreto do negro de fumo causa problemas para o produtor bem como para seus clientes. A poeira é uma das maiores preocupações.

Gerada pela degradação, nome dado à formação de pós provenientes da quebra ou erosão de partículas granulares, a poeira do negro de fumo é nociva ao meio ambiente e à saúde humana, por isso, os produtores precisam tomar cuidados extras para limitar a quantidade de pó em seus carregamentos.

Com o passar dos anos, a busca por novas tecnologias e estudos sobre o manuseio de materiais se intensificou devido aos recorrentes problemas citados, como a degradação, e a outros, como vazamentos, excesso de manutenções e ausência de flexibilidade no processo construtivo.

Como uma solução para esses problemas, os sistemas de transporte pneumático vêm ganhando corpo no cenário de manuseio de materiais sólidos a granel. Devido à sua hermeticidade, esses sistemas detêm a contaminação, além de diminuir a degradação, segregação e outros aspectos, beneficiando o processo industrial como um todo.